segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Aspartame, Stevia e Sacarina qual a diferença entre esses adoçantes?


Qual a  diferença entre o aspartame, a sacarina e a estévia?
Qual a melhor opção de adoçante entre o aspartamete, a sacarina e a estévia (ou stevia) ?
Quais os riscos e os benefícios de cada um desses produtos? 
Neste artigo vamos tentar responder algumas das principais questões que rondam esses produtos. 


Stevia

Com muita frequência ouvimos as pessoas dizerem que alguns adoçantes podem causar câncer ou outros problemas de saúde.
A Stevia tem sido amplamente utilizada na indústria de adoçantes "naturais" como uma alternativa muito mais saudável do que o aspartame por exemplo.
No entanto, apesar de suas diferenças químicas, os estudos mostram que as propriedades desses produtos não são muito diferentes. Mas no que eles se diferenciam?


Stevia, aspartame e sacarina

O que é a Stevia? Esta substância, na verdade, é uma molécula orgânica chamada glicosídeo de esteviol, ou esteviosideo, uma substância secundária produzida pela planta Stevia rebaudiana. 
Já o aspartame, é um composto sintético, desenvolvido em laboratório. No entanto, para se extrair a substância, a planta tem que passar por um processo industrial, o que também não é de todo 'natural'.
Em relação a capacidade de adoçar, a stevia parece mais potente que o aspartame, chegando a ser 300 vezes mais forte que o açúcar convencional (enquanto o aspartame é apenas cerca de 200 vezes).

Sacarina

O terceiro adoçante em questão é a sacarina, produto cada vez menos utilizado na indústria de alimentos.
Embora muitas vezes haja uma certa confusão entre aspartame e sacarina, o aspartame vem substituindo cada vez mais a sacarina. 
A razão é que o aspartame tem um maior poder como adoçante, além de não deixar um certo 'gosto amargo' na boca característico da sacarina. 
A sacarina, é uma amida sulfobenzóica, produto obtido a partir do tolueno e outros derivados de petróleo.
Há estudos que avaliam um possível efeito potencialmente perigoso relacionado a irritação da bexiga que poderia levar ao câncer. 
Este possível risco e as demais vantagens dos outros adoçantes citados fazem com que a sacarina seja a opção de adoçante cada vez menos utilizada pela indústria alimentícia. 

Os riscos e benefícios dos adoçantes

Diante do citado acima, surge a pergunta: Até que ponto os adoçantes representam um risco à nossa saúde? 
Mesmo considerando tudo o que se lê por aí sobre essas substâncias, o fato é que não há ainda uma comprovação de que o consumo do aspartame e da estévia tragam riscos à saúde humano.  

O aspartame é uma das substâncias mais estudadas no mundo sendo submetido a testes e estudos constantes principalmente a partir do alerta que levou a suspensão de sua utilização por um certo período há 20 anos atrás. 

Embora ainda não haja nenhum estudo conclusivo sobre os potenciais riscos da stévia ao organismo humano, existem estudos que relacionam 
a stevia com alterações no DNA de células de ratos, o que poderia levar a problemas de saúde relacionados a fertilidade ou mesmo mutações celulares (que poderiam dar origem ao câncer).
Cientistas brasileiros  analisaram o sangue de ratos alimentados com uma solução de esteviosídeo diluída em 
água e identificaram lesões em alguns órgãos como o fígado e o baço. O mais surpreendente para os pesquisadores foi o possível dano ao cérebro dos animais. 
A pesquisa foi coordenada pelo professor Adriano Caldeira de Araújo, do Instituto de Biologia, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), 
com apoio da FAPERJ. Ele teria afirmado que "pesquisadores de diferentes especialidades da área biomédica terão interesse em descobrir por que o esteviosídeo ingerido por via oral, ou o esteviol, um produto de sua metabolização, além de causar inativação de 
células bacterianas, consegue atravessar a barreira hematoencefálica em ratos e causar lesões no DNA de células cerebrais. 
Isso foi detectado por um ensaio chamado Cometa, usado para diagnosticar este tipo de lesões".

DNA

Em outro estudo, entretanto, explicou o professor, o esteviosídeo em contato com o DNA de plasmídeo, se mostrou inócuo. 
"Mas quando penetra em uma célula, como a de uma bactéria presente no nosso trato intestinal, ocorre a sua metabolização e a produção de 
uma outra substância, o esteviol, que é tóxico. Esta substância é, muito provavelmente, a responsável pelas lesões produzidas nas células 
do cérebro dos ratos estudados pela nutricionista Ana Paula da Motta Nunes.
É lógico que não podemos esquecer que esses resultados foram obtidos em ratos. Por outro lado, também é muito importante lembrar que 
a substância esteviol também pode ser formada no organismo de humanos. Isso demonstra a importância de se continuar esses estudos", esclareceu.


Adoçantes e Diabetes 

Já faz algum tempo que surgiram suspeitas de que os adoçantes podem causar diabetes. Vários estudos que mostram cada vez mais 
uma crescente preocupação com a relação entre diabetes tipo 2 e do consumo frequente de adoçantes. 

Alguns médicos e também nutricionistas sugerem que o consumo contínuo e intenso desses produtos pode causar um desequilíbrio metabólico que 
acabará por levar a diabetes. 
O mecanismo segundo a qual essa relação se estabeleceria seriam dois: 

O primeiro, de origem comportamental, os adoçantes fariam com que nosso corpo se preparasse para chegada de açúcar, o que na verdade na ocorre.
Isso poderia resultar num desequilíbrio metabólico tornando-nos mais ansiosos por comer açúcar, que poderia ser aumentado na nossa dieta 
sem que percebamos.

A segunda razão seria o fato de que a microbiologia de nosso sistema digestivo seria alterada pelos adoçantes, tornando-o cada vez mais 
intolerantes à glicose. 
Nos dois casos o resultado seria o mesmo: diabetes tipo II.
As mudanças nutricionais devem ser portanto cautelosas pois nosso organismo leva cerca de 200 mil anos de evolução para adaptar-se a alimentação e mudanças como a introdução de adoçantes ainda suscitam muitas dúvidas se trazem mais benefícios do que problemas à nossa saúde.

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