terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Stephen Hawking - Uma Licão de Vida do Gênio da Física


O físico Stephen Hawking completou recentemente 70 anos de idade. Portador de uma doença incurável que praticamente já lhe retirou todos os movimentos, ele nos dá uma verdadeira lição de amor a vida, segue trabalhando e ajudando a humanidade a desvendar os maiores segredos do Universo.

Reconhecido mundialmente como um dos maiores gênios da física, comparado a Albert Einstein, ele já recebeu inúmeros prêmios em reconhecimento a seus estudos. Escritor de destaque por conseguir traduzir em uma linguagem acessível as mais complexas terorias sobre o Universo, como no seu mais notável e surpreendente Best Seller  "Uma Breve História do Tempo".

Desenganado pelos médicos aos 21 anos, Hawking foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença que provoca a perda progressiva dos movimentos devido a degeneração de neurônios causando paralisia e atrofia muscular.
A doença atinge primeiro os movimentos dos braços e pernas e vai se espelhando pelo resto do corpo. Ela avança de tal forma que gradualmente vão surgindo limitações na na fala, na deglutição e na respiração.  Apesar disso, a ELA não afeta neurônios sensoriais e nem os reponsáveis pela compreensão. As funções intestinais, o controle da bexiga, a função sexual e o movimento dos olhos também não são afetados.

Stephen Hawking conta que quando lhe perguntam o que ele sente em virtude da doença, ele responde que não sente muito. Ela diz que tenta viver de forma tão normal quanto seja possível, e ele tenta não pensar sobre a situação ou lamentar-se sobre as coisas que não consegue fazer.

"Saber que eu tinha uma doença incurável,  que provavelmente me mataria em poucos anos, foi um choque. Porque minha vida tinha sido cortada dessa forma? ", declarou o cientista que ouviu dos médicos uma previsão de que teria no máximo 3 anos de vida assim que foi diagnosticado com a doença.
Ele conta que enquanto estava no hospital viu outro jovem morrer lentamente de leucemia na cama ao seu lado:
 "Não foi uma visão muito agradável. Era evidente que haviam pessoas que estavam piores que eu. Pelo menos minha condição não me fazia me 'sentir doente'. Cada vez que me sinto inclinado a ter pena de mim mesma me lembro desse rapaz."

Contra as previsões médicas, ele não morreu. Hawking passou então a intensificar seus estudos e supreendentemente se casou com uma moça chamada Jane Wilde, que ele tinha conhecido um pouco antes de receber o diagnóstico da doença.
"Ainda que eu tivesse uma nuvem sobre meu futuro, descubri surpreendentemente que agora estava desfrutando a vida mais do que no passado".

O ano de 1985 foi muito ruim. Os médicos tiveram que realizar uma traqueotomia em Hawking e ele perdeu então a capacidade de falar. A forma de falar do cientista tinha se tornado quase initeligível e apenas as pessoas próximas, que o conheciam, podiam entender o que ele estava dizendo. Mesmo assim durante este período ele conseguiu ditar artigos científicos para sua secretária e nos seminários ele usava um intérprete que repetia a sua fala com mais clareza. A cirurgia então foi um outro tremendo baque pois perdeu totalmente a capacidade da fala.

Um anos depois, ele passou a utilizar o computador para se comunicar. Mas a doença segue lhe restringindo os movimentos e ele em seguida perdeu  a capacidade de mover a mão que controlava o teclado. Os técnicos então adaptam a interface para que ele pudesse usar sua bochecha para controlar a máquina. Um pouco depois, ela já não conseguiria mais utilizar os músculos do pescoço para manter a cabeça de pé.

Durante algum tempo, a única maneira que ele tinha para se comunicar era escolher letra por letra sinalizando com um movimento do sobrancelha, formando assim palavras com as letras que algumas pessoas iam lhe mostrando.

Se havia uma dificuldade imensa em se comunicar dessa forma. Era ainda mais complicado para conseguir escrever um artigo científico.

Mas ainda que a doença neurológica o tenha afetado durante praticamente toda sua vida adulta, isso não o impediu de constituir uma família e de ter sucesso em seu trabalho.
"Isso acontece graças à ajuda que eu tive de Jane, de meus filhos, e de um grande número de pessoas e organizações. Tive sorte que a minha doença progrediu mais lentamente que o normal. Isso mostra que nunca devemos perder a esperança."
"Tive a sorte de ter escolhido trabalhar com física teórica, porque essa era uma das poucas áreas nas quais minha condição não seria um obstáculo sério"  disse ele.

Hawking consegue desfrutar de muitas coisas na vida. Ele já se divorciou de sua primeira esposa,  tronou a casar, desta vez  com sua ex-enfermeira. Teve três filhos e tornou a se divorciar novamente.

Mesmo com toda a limitação que ele tem prá se comunicar, o físico frequentemente atrai as atenções da mídia com suas declarações surpreendentes.  Conforme sua filha Lucy informa, ele gosta dos holofotes da imprensa.
Ao ser perguntado no que pensa a maior parte do dia ele reponde: "Em mulheres. Elas são um completo mistério."

Stephen Hawking hoje é extremamente dependente do sistema de comunicação computadorizado que ele utiliza.

Na verdade a solução para comunicação de Hawking remonta ao início dos computadores pessoais, em 1986.
É um sistema que roda num desktop, que pode também ser carregado na cadeira de rodas de Hawking, como se fosse um laptop. Para isso foram inclusive adaptadas algumas baterias extras permitindo um tempo de utilização maior do computador.
Ele tem 3 componentes básicos:
1)Equalizador - Mostra letras e palavras de forma a serem realçadas em sequência permitindo assim que se construam palavras e frases através do acionamento por um dedo em combinação com a bochecha. Esse sistema é otimizado para acelerar a criação de palavras que por sua vez são enviadas a um sintetizador de voz ou salvas no HD. Este programa foi desenvolvido em MS-DOS e em 1998 foi  redesenhado para o Windows XP com auxílio da Intel. Atualmente, devido a incapacidade de Hawking de mover o dedo, este sistema foi adaptado para reconhecer os movimentos da bochecha através sensores  infra-vermelho em seus óculos. Infelizmente até mesmo esse sistema está ficando complicado de operar por Hawking. Inicialmente ele conseguia gerar 15 palavras por minuto e atualmente consegue apenas uma por minuto chegando às vezes a levar sete minutos para responder uma pergunta numa palestra..

2) Sintetizador de Voz - DTC01 DECtalk - Permite reproduzir os textos criados com uma voz robótica. Apesar de já estar bastante ultrapassado, e ter sido descontinuado por seu fabricante este continua a ser o sistema utilizado por Hawking. A substituição deste sistema por um mais evoluído tem um fator de complicação extra: Hawking acha que essa voz (mesmo sendo sintetizada) já é parte de sua identidade, e que não gostaria de trocá-la. Embora Hawking, que é inglês, não goste do sotaque americano deste sistema, a substituição por outro lhe preocupa bastante.

3) TEX - Recurso que permite armazenar e formatar textos além de converter alguns caracteres em expressões e símbolos matemáticos.

Toda essa limitação entretanto não tem conseguido deter o gênio da física que continua surpreendendo com suas teorias e idéias a respeito do Universo.

(Imagem Crédito: Science Museum)

Telas dos Smartphones Podem Detectar Doenças


Pesquisadores já falam num futuro em que as telas touchscreen, como as dos smartphones, poderiam detectar biomoléculas na pele e assim fornecer dados que hoje estão disponíveis apenas em exames laboratoriais de urina ou sangue por exemplo. 

Esta funcionalidade se fosse incluída nos dispositivos móveis teria um impacto importante no tratamento precoce de várias doenças,  servindo inclusive como uma espécie de alarme individual que indicasse o surgimento de alguns tipos de câncer, por exemplo.

Esta possibilidade foi confirmado por um grupo de pesquisadores do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coréia (KAIST). Hyung-gyu Park,  chefe da equipe de pesquisa, disse que tudo começou a partir da idéia de que telas sensíveis ao toque funcionam através do reconhecimento de sinais eletrônicos detectados no toque dos dedos, reconhecendo cargas elétricas do corpo do usuário.

De forma semelhante, as telas sensíveis ao toque (touchscreen) que hoje equipam os smartphones, PDA's e tablets poderiam detectar a bioquímica presentes nas proteínas e nas moléculas de DNA de nosso organismo que também emitem tais ondas elétricas.
No experimentos já realizados por essa equipe de pesquisadores ficou evidenciado que essas telas touch-screen poderiam reconhecer a concentração de moléculas de DNA. As telas sensíveis poderiam reconhecer moléculas de DNA com praticamente 100% de precisão,  da mesma forma que os aparelhos e dispositivos médicos convencionais.

O mesmo poderia ocorrer em relação a presença de certas proteínas. Existem proteínas já conhecidas na medicina como as que servem de referência para detectar o câncer de fígado por exemplo que poderiam ser detectadas nesse tipo de dispositivo.

Os cientistas trabalham agora no sentido de desenvolverem  uma película que possa reagir e identificar substâncias bioquímicas específicas. Dessa forma as telas sensíveis ao toque poderiam distinguir materiais biomoleculares de composições diferentes.
Mas o primeiro importante passo já foi dado e o desenvolvimento dessa tecnologia parece ser apenas uma questão de tempo.


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