segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Montanha Espacial Produz Meteoritos Terrestres


Uma montanha de cerca de 21 km de altura pode estar produzindo alguns dos meteoritos que acabam atingindo nosso planeta.

Imagem: Vista lateral da montanha ao sul do asteróide Vesta – Crédito: NASA

Quando há alguns meses a sonda Dawn da NASA entrou em órbita em torno do asteróide Vesta, os cientistas ficaram animados com a possível revelação de imagens surpreendentes.
 Mas a sonda espacial mostrou ao percorrer o asteróide algo totalmente inesperado: a existência de uma montanha de cerca de 21 kilômetros de altura, ou o correspondente a cerca de 2 vezes e meia a altura do monte Everest.
Essa imponente formação natural pode trazer explicação para um mistério que persiste há muito tempo: Como podem tantos pedaços do asteróide Vesta terem chegado até a Terra?

Durante muitos anos, os pesquisadores vêm recolhendo pelo mundo meteoritos originários de Vesta. Como eles tem certeza de que esses meteoritos vem do asteróide Vesta? A resposta está na análise dessas rochas. A composição química de que são feitas deixam muito pouca dúvida de que elas tiveram origem em um asteróide gigante.

A frequência de fragmentos de Vesta que tem nos atingido é tão grande que é frequente o avistamento de bolas de fogo cortando nossa atmosfera, como os que atingiram recentemente a aldeia africana de Bilanga Yanga em 1999 e Millbillillie, na Austrália, em 1960.
"Esses meteoritos só podem ser pedaços da superfície do asteróide que foi escavada quando essa montanha gigante de Vesta foi formada",  explica o pesquisador  Dawn PI Chris Russell, da Universidade da Califórnia.Ele sugere que a montanha foi criada por um "grande impacto” de um corpo celeste menor  contra a superfície de Vesta. A grande quantidade de material que se deslocou durante o choque forçou a superfície para cima vindo a formar esse imenso pico montanhoso. Essa mesma colisão teria arremessado ao espaço várias lascas do asteróide fazendo com que alguns desses pedaços chegassem até nosso planeta.

Alguns meteoritos em nossos museus e laboratórios podem ser fragmentos de Vesta que se soltaram no impacto – pois são pedaços constituídos do mesmo material dessa montanha de Vesta, declarou Russel.
Os cientistas agora querem confirmar a teoria provando que esses meteoritos vieram do local próximo à montanha. Para isso será realizada uma análise que vai considerar a química e a idade dos materiais.

O asteróide Vesta foi formado no início do sistema solar,  há bilhões de anos. Desde então, as colisões com outras rochas espaciais resultaram em uma superfície cheia de crateras. Como a superfície ao redor da montanha é relativamente menos esburacada que o restante do asteróide, Russell acredita que o impacto teria apagado toda a história da formação de crateras nas proximidades. Os cientistas poderão, a partir da  contagem de crateras que se acumularam desde então, calcular a idade da paisagem.

Combinando esses dados com a datação radioativa pode-se dizer quando os meteoritos foram liberados do asteróide Vesta. Além disso, os pesquisadores utilizarão também as informações sobre as cores dos elementos químicos captadas por sensores a bordo da sonda Dawn que orbita o asteróide gigante.


Fontes:
Science@NASA


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